Love? :-)

Há um ano e três meses atrás apaixonei-me pelo Luís Franco-Bastos. Perdidamente :-) Estava longe de imaginar e apanhou-me de surpresa. Calhou numa altura alucinante porque EXACTAMENTE um mês depois iniciava uma nova fase da minha vida, que foi um curso técnico-profissional, de precisamente um ano de duração, como Técnica de Massagem.
Foi uma daquelas Manifestações, materializações do Universo mágicas (Lei da Atracção...) porque pouco antes - não posso precisar quanto mas sei e senti que foi mesmo muito rápido - lia, no meu sofá, uma das histórias de amor, daquelas 'à filme', da Teal Swan (se o / a leitor / a desconhece quem é, pesquise que é pessoa bem interessante), do seu blogue.
Na altura eu passava por uma relação de quase oito anos a qual se encontrasse gasta, para resumir.
Lembro-me PERFEITAMENTE de pensar e dizer alto 'realmente não me sinto assim há muito', quase que a dizê-lo para mim própria enquanto o realizava, e encantada que estava com a história de amor da Teal, e enquanto romântica incurável que sou :-)
Depois disto e como dizia voltei sossegadamente à minha vidinha e então um belo dia (sei perfeitamente a data) estou a ver na cozinha o Alta Definição (como tantas outras pessoas, e mulheres, bem sei :-) ), como normal. O meu companheiro da altura ia aparecendo e desaparecendo na cozinha. Eu assistia então tranquilamente como mais um programa com alguém que achei interessante para ver o que tinha a dizer neste tipo de programa em concreto, pois já via e gostava muito do programa não vendo, no entanto, todos pois dependia de eu conhecer e / ou ter alguma curiosidade no entrevistado.

Eu conhecia já, portanto, o entrevistado em causa mas sinceramente nem lhe seguia o trabalho. Sempre gostei de humor, stand-up e afins, em particular de imitações, pelo que apesar de não seguir o trabalho do Luís via-o ocasionalmente e sempre que o via achava-o genial, verdadeiramente, pois já havia visto e ouvido outras imitações e nada que se comparasse às dele, diga-se em abono da verdade, as quais acho efectivamente impressionantes. De resto até lhe desconhecia a veia de humorista mesmo, pelo que nem sequer posso dizer que fosse uma fã, de todo.
Se o achava giro? Achava pois, mas só mesmo isso; nada que 'mexesse' comigo e como digo nem lhe seguia o trabalho, era quando calhava.

Mas bom, nesse dia tudo mudou, e o que é certo é que já não me sentia assim há uns bons dez anos...!
Para além de me ter identificado com a pessoa em vários aspectos, ter encontrado imensos interesses em comum, deixei-me encantar pelos seus olhos, pela alma (afinal diz-se que os olhos são o espelho da alma... :-) ), pela personalidade, pelo sorriso; a sua voz (e refiro-me mesmo à SUA voz, e não à carrada de demais vozes que ele tem dentro 😎 😂) uma admiração à mistura, uma grande atracção, claro, e para agravar tudo uma situação em comum, muito pessoal e íntima, assustadoramente idêntica pela sua natureza, portanto com uma sincronia "bizarra" daquelas que só o Universo mesmo para inventar ;-)
Fora tudo isto também o admirei no sentido de o considerar quase um alter-ego meu, ou seja: sendo que até no sentido de humor perverso, diriam alguns, me identifico com ele, o certo é que eu tenho uma artista reprimida dentro de mim :-D, pelo que lhe admiro a auto-confiança, a segurança em se expôr num palco, sozinho, como se expõe e completamente confortável consigo próprio (o que é algo super sensual, diga-se de passagem), o que neste aspecto e em termos práticos é quase precisamente o oposto de mim, e ainda assim e sempre com tanta auto-consciência e humildade...
Para "agravar" tudo aí uns dois dias depois era dia internacional, algo do género, da voz e o Luís aparece numa curta entrevista na SIC Notícias e eu novamente que estava na cozinha, a jantar com o meu companheiro, e do nada (e ainda ele longe de saber o que se passasse comigo) comenta algo como 'este tipo agora também está em todas', algo que achei muito irónico e curioso em termos das Sincronias... :-)

A partir desse dia e por muito tempo andei meio que alucinada, meio que a levitar - sentia-me diferente; custava-me mais estar no momento Presente; custava-me mais concentrar-me nas coisas; custava-me adormecer e dormir bem à noite, principalmente nos primeiros dias, e basicamente o rapaz não me saía da cabeça :-)
A partir daí, e como tivesse tempo, ia vendo e pesquisando coisas dele - vídeos, o facebook, claro, etc. No fundo era a minha forma de o ter perto de mim e de me alimentar deste novo sentimento que resnascera em mim, há muito perdido...
Fora isto claro que tento imediatamente contactá-lo. Deixo-lhe uma mensagem no seu chat do face (de ambos os faces), à qual até hoje não obtive resposta :-), não declarando amor nenhum, obviamente (não seria oportuno nem a minha intenção afastá-lo mais de mim), mas "pegando" na tal nossa ligação íntima e tão especial...

Pela mesma altura calha também estar a acontecer a tour do Luís 'A Voz da Razão', a qual iria passar por aqui perto de mim, no Coliseu dos Recreios, e de um impulso (aqueles impulsos transformadores que eu já não tinha há muito) decidi que o ia ver e ia comprar o bilhete, independentemente de sequer ter dinheiro para tal :-)

Por esta altura tive, também, naturalmente, um 'despertar', uma nova Consciência relativamente à relação que vivia, e como não sei ser nem quero viver sendo uma pessoa falsa, fui dando a entender ao meu companheiro de então que estava a ficar bastante saturada da relação mas ou seja com consciência de tal. As comparações eram inevitáveis. Entre só poder imaginar o que seria já só poder conviver com o Luís, e conviver efectivamente com o meu companheiro, ia um abismo de realidade.
Por esta altura eu já havia ouvido "n" vídeos de Abraham-Hicks explicando e reforçando como um amor, uma relação compatível e harmoniosa deveria 'saber a' fácil... :-) 'Ease', como eles sempre dizem. Sem Resistência. Natural; simples; fluída; divertida; deliciosa... Faço-me entender? :-)
Ora comigo o contraste não podia ser maior e a ideia de poder ser assim com o Luís o oposto...

Não contei logo logo ao meu companheiro que me encontrasse apaixonada por outra pessoa. Ainda tentei enviar-lhe sinais e ver se as coisas mudavam, pois eram muitos anos; uma história em conjunto e mesmo não havendo paixão de minha parte, para o bem e para o mal, havia muito carinho e não é, de todo, fácil desistir-se de uma ligação assim...
Na realidade a parte mais difícil foi ter de lhe dizer que estava apaixonada por outra pessoa, e quem. Foi praticamente arrancado a ferros, mas por respeito a ele, a mim, e a tudo o que havíamos vivido, foi necessário também.
Foi também difícil explicar às poucas pessoas que mais tarde vieram a saber desta minha paixão que a mesma era verdadeira e não se tratasse simplesmente de uma admiração, lá está, deslumbramento por uma "figura pública"... :-) Calha ele ser, de facto, uma figura pública mas quando conheci o homem por detrás disso e me relacionei com ele nem me lembrava disso sequer, e nem me incomodava particularmente. De qualquer das formas nunca achei, nem acho, que ele seja 'esse tipo de figura pública' nem eu me 'interessaria' por ele se assim fosse... Há muito que deixei de sonhar casar-me com o Johnny Depp quando também há muito deixei de ter os meus 15 anos de idade 😎, mas nunca sequer fui muito dessas coisas :-)

Chegado o dia do espectáculo sentia-me tranquila, na verdade. Já não saía para algo do género há algum tempo e muito menos sozinha, à noite. Claro que o meu companheiro também soube disto e teve a dignidade e grandeza de o compreender e aceitar.
Basicamente foi das noites mais divertidas que tive nos últimos tempos, pelo que só por isso já valera. Infelizmente fiquei sentada muito cá para trás mas mesmo assim aquela energia chegava cá.
No final levantei-me, de resto como todos no geral quando o Luís fez a referência aos pais embora eu não saiba até hoje se da zona em que eu estava só eu me levantara ou mais alguém.
E por um segundo (que me pareceu eterno :-) ) o Luís olhou bem para mim, bem na minha direcção, e nem sequer foi equívoco meu, nem por acaso. Ora bem sei que ele não me conhece, mas foi daquelas ligações e comunicações de alma metafísicas, únicas e especiais, e disso tenho eu a certeza, isso ninguém me tira :-)
Para "ajudar à festa" fico a saber de forma inequívoca, nessa noite mesmo, que ele nem tinha namorada (pelo menos na altura)... :-)

Regressei para casa com um sentimento meio de alucinação e nos dias seguintes não pude evitar purgar qualquer coisa, chorando as pedras da calçada, quando lhe vi uma publicação no face sobre essa noite... :-)

Dias depois viriam os Globos de Ouro (2016) e sabendo eu que ele seria o anfitrião dos momentos cómicos, ainda regressei ao Coliseu para ver se o via na passadeira, mas sem sucesso, pois ele nunca chegara a lá passar :-)

Exacta e precisamente na manhã seguinte iniciava-se o primeiro dia do meu curso. A partir daí tive de me concentrar no mesmo e o foco na minha paixão foi esmorecendo, naturalmente. Não obstante continuei e continuo a seguir a página do Luís e a ver as suas publicações e vídeos, mesmo porque me divertem e distraem.
Quanto à minha relação, teve a morte que se anunciava e que precisou ter, bem no final desse mesmo ano, com toda a dor e dificuldade que isso representou... :-)

Também no final do ano passado conheço um rapaz lá no Centro de Formação, na festa de Natal no refeitório, o qual veio meter conversa comigo.
A partir daí encontrava-o praticamente só à hora de almoço. Rapidamente (demasiado rapidamente, eu diria) começaram os pedidos de telefone e convites para sair. Como não me sentia, nem sinto, minimamente atraída por esta pessoa, fui fugindo aos mesmos o mais que pude :-)
Continuei a encontrar a pessoa e esta sempre demonstrando interesse e mesmo pena em deixar de me ver (e uma vez que no entretanto o meu curso se aproximasse do fim).
Sendo eu muito empática, como por esta altura o / a leitor / a já saberá, e tendo como "actividade" favorita a Comunicação íntima com os outros - e pela forma como me foi solicitado o meu facebook, o qual entretanto me foi pedido - não lho tendo logo facultado acabei a simpatizar com a pessoa e mesmo percebendo as suas intenções e não sendo as mesmas mútuas, achei que não viria grande mal ao mundo se eu lhe desse o dito. Assim sendo dei-lhe uns dias depois o meu endereço de facebook.
Rapidamente começámos a conversa pelo chat (iniciativa sua, claro) e as conversas até iam sendo agradáveis e interessantes, muito embora confesse que não me identificasse com esta pessoa num todo, e até ver.

As tentativas de encontros continuavam e por um ou outro motivo não se davam e / ou eu própria me fui reservando a que não se dessem.
A dada altura senti que a continuar a insistência teria de passar à parte mais séria das conversas e deixar logo tudo às claras, pois era óbvia a intenção desta pessoa (de resto para mim desde a tal festa de Natal), a qual também ia sendo abertamente declarada, pois não queria, de todo, passar mensagens erróneas com encontros nem magoar a pessoa nem que ela sentisse ou achasse que eu andasse a brincar com os seus sentimentos... Ou seja, se chegássemos a sair eu ia como (possível futura) amiga, com certeza e presentemente, e não com alguma curiosidade romântica, chamemos-lhe assim.
No fundo o que fui vendo e sentindo desta pessoa era-me ainda muito familiar pois havia-o sentido há um ano atrás pelo Luís Franco-Bastos, como já se sabe, pelo que eu compreendia perfeitamente: a necessidade da presença, das conversas, o desejo quase incontrolável de estar com o objecto da nossa paixão, a profunda admiração pela pessoa num todo, etc. etc., de maneira que fui sempre tendo muito tacto a lidar com o rapaz, obviamente.

Já o que comecei a achar menos normal foi a primeira cobrança de presença no chat.
Ora, pessoalmente não vivo para as redes sociais, embora utilize e goste, no entanto, sempre encarei os chats como algo para se ir conversando, mas como felizmente ainda vou tendo mais vida para além disso, nunca senti necessidade de dar grandes satisfações de cada vez que por este ou aquele motivo eu me ausentava do chat. Da mesma forma nunca me aborreci quando faziam o memo comigo.
Sendo eu uma pessoa educada, no mínimo, jamais "abandonaria" uma conversa importante a meio sem dar uma satisfação, mas não com conversas mais "banais" que se vão tendo, sem grande seguimento, está a ver?
Da primeira vez tal foi-me cobrado de uma forma que me caiu mal e que conforme dou a entender, me pareceu bastante inoportuna. De resto apanhou-me de surpresa e quando questionei a pessoa porque é que eu teria de dar satisfações detalhadas das minhas ausências 'a coisa' foi desconversada com 'brincadeira pura' e 'treino para os ciúmes'... Tudo aquilo me soou, no entanto, a desculpas e 'off', muito 'fora'...

Ignorei a primeira e não passados muitos dias obtive nova reacção idêntica a nova situação, e como ficava assim inequívoco desta feita decidi nem reagir. Afinal mal conhecia a pessoa e 'para isto' é que não estou de certeza...
A minha ausência de total reacção à nova cobrança (e após bater da mesma tecla) gerou uma reacção, que foi 'OK, já entendi' (e será que entendeu mesmo? Não me parece :-) ) e de seguida algo como 'podes ficar descansada que não volto a incomodar-te', e a isto, mesmo que quisesse, já não pude reagir porque fui bloqueada ;-)
O Universo tem-me guardado sempre mesmo quando me envia estes testes bizarros, mas não pude deixar de ter um daqueles "WTF?!" "moments" ;-) Felizmente com o bloqueio 'a coisa' auto-resolveu-se pelo melhor, portanto.

Sendo que vivi quase oito anos de uma relação de dependência e auto-conhecimento, pelo menos de minha parte, iniciada por fortes carências afectivas e emocionais, o que menos quero hoje em dia são reminiscências e retornos disso mesmo. Precisei precisamente desses oito anos para crescer muito enquanto pessoa e saber o que quero hoje em dia.
O ter voltado a apaixonar-me, mesmo sem ter realizado essa paixão, foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos e serviu para eu perceber que há mais na vida que só se ter alguém de modo incompleto, para não ser sozinha...
Como digo, e portanto, compreendo perfeitamente a necessidade, a vontade quase obsessiva de termos o objecto da nossa paixão, de o podermos possuir. Só eu sei o quanto desejei (mais que desejar, tivesse confiado e achado tão simples e plausível de acontecer; mais do que isso - tinha a certeza - e ainda tenho - que ele ia gostar da minha pessoa e se identificar...) que o Luís me tivesse respondido àquela mensagem e a partir daí nos mantivéssemos em contacto, e ver o tempo passar e tal nunca acontecer...
Agora o que não posso compreender é a possessividade e a projecção dessa mesma vontade, de forma obcecada e quase patológica, na outra pessoa. Não posso nem quero. O amor não é isso... O amor é Livre. O amor deixa voar, solta, liberta e sabe e confia que o que sentimos é eterno e indestrutível, mesmo que se transforme e não se materialize, e que se a outra pessoa sentir o mesmo vai sempre estar de forma presente na nossa vida.
Se dói quando não é (logo) realizado? Se desespera? Muito. Mas há que não se perder o 'tino' e saber ser sensato, mesmo no meio de tanta emoção, e não tranpôr para nem impôr na outra pessoa a "sofreguidão" da nossa paixão ou dependência. Isto eu sei, isto eu aprendi. Isto é o ideal e o desejável.

A outra pessoa não tem "culpa" do nosso amor por ela. A outra pessoa não tem sequer nada que ver com isso. Tão-pouco a outra pessoa é responsável por tal.
Numa realidade ideal o sentimento é mútuo, mas se o não fôr, é porque (pelo menos ainda) não era para ser.
Temos de saber ser e estar Gratos pelos sentimentos. Sinal de que estamos vivos e bem de saúde.
Temos de saber ter muita calma, paciência e fé de que a nossa hora vai chegar e que o Universo sabe o que está a fazer até lá. Para ser "perfeito"... Temos de saber ir curtindo a jornada, saborear a caminhada até lá... :-)
Não posso dizer que compreenda, pelo menos completamente, todos estes "testes" e situações que o Universo me tem colocado. Não tem sido fácil e no mínimo tem sido uma viagem interessante e alucinante. Não é nada fácil ficar-se a saber que a pessoa que foi o objecto de tão forte paixão nossa no entretanto já tem (outro) alguém na sua vida e percebermos, mesmo quando julgávamos já "estar noutra", que ainda qualquer coisa dentro de nós nos abalou profundamente...
E sim, mais não me resta e não tenho felizmente remédio senão acreditar em e aguardar ainda pelo MEU final feliz... ;-) Acima de tudo estou Grata e feliz por tudo o que me aconteceu :-)
                               






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